Sobre o GIEIPC-IP
O Grupo
O GIEIPC-IP - Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português, é uma rede internacional na área das ciências sociais e humanas, com um perfil multidisciplinar e posicionamento transdisciplinar, pluralista e internacionalista. Congrega investigadores que trabalham em universidades de diferentes países (Angola, Brasil, França, Índia, Itália, Moçambique, Estados Unidos e Reino Unido), investigadores independentes, bem como projectos de investigação e de vocação arquivística, centros de investigação, bibliotecas, arquivos e centros de documentação públicos e privados, baseados em países de língua oficial portuguesa. O seu funcionamento é marcado por uma dinâmica flexível que convive bem com modos e graus diferentes de envolvimento. A par da autoria individual, tem investido na autoria colectiva, assinada e não assinada, enquanto expressão do seu “estado da arte” construído na articulação entre contributos individuais e debates colectivos, dimensões que se articulam neste site.
Objectivos
Embora evoluindo no seu aprofundamento e formulação, o GIEIPC-IP visa desde a sua criação:
- Afirmar a área de estudos da Imprensa Periódica Colonial, destacando a natureza transnacional desta imprensa e a internacionalidade das suas heranças.
- Afirmar a imprensa colonial como um arquivo documental multilingue da história contemporânea, de importância fundamental para pluralizar a percepção presente da sua construção discursiva.
- Alertar para a condição particularmente frágil e evanescente, desiquilibrada nas condições de preservação, dispersa e de difícil reconstituição, destes periódicos. Reconhecê-la justifica trilhar relações colaborativas e solidárias, entre investigadores e instituições, visando a salvaguarda física, a digitalização e a reconstituição virtual de colecções num arquivo/plataforma comum que integre instrumentos amigáveis às Humanidades Digitais. Ensaiando esse caminho criou-se em 2017 uma Exposição Virtual Comum.
- Enfrentar desigualdades que afectam o sistema científico internacional, incluindo as decorrentes de condições de acesso documental, aprofundando as questões teórico-metodológicas, éticas e políticas que importa colocar na constituição e dinâmica de um grupo internacional com o seu perfil e âmbito de estudo.
- Investir no debate teórico e metodológico.
- Estudar as práticas do jornalismo e de escrita da mais diversa natureza e intencionalidade, bem como de outras formas de expressão, que se encontram na variedade de formatos e tipologias que constituem o periodismo impresso.
Incluir no seu escopo formas de periodismo que recorrem a outras tecnologias de produção e reprodução não impressas, estudando as condições da sua emergência, e como dialogam com a imprensa ou até ocasionalmente se configuram na fronteira com o impresso. Concretamente, periódicos manuscritos ou datilografados. reproduzidos pelo mesmo meio ou através de estêncil com ou sem recurso a mimeógrafos, ou por fotocópia, os quais, por vezes, incluíam colagens de impressos, desenhos ou fotografias, ou, ainda, capas impressas.
- Incentivar estudos sobre títulos, autores, redes, circulações, histórias conectadas e desconectadas por esta imprensa dentro do império português e “entre impérios”, bem como estudos comparatistas, no âmbito do império português e dos espaços dele libertados ou confrontando-os com panoramas de outros impérios. Discutir as fronteiras do colonial na demarcação desta imprensa.
- Estudar os canais de comunicação com outros meios de comunicação social no quadro colonial, bem como com outras tipologias de impressos.
- Promover o convívio e o debate entre experiências e visões conflituantes do passado colonial e do seu lastro presente.
- Constituir um arquivo de memórias do jornalismo.
- Investir na formação avançada.
- Contribuir para a descolonização do ensino e da compreensão pública do colonialismo e da pós-colonialidade.
- Contribuir, na articulação destes campos de acção, para o espírito democrático.
- Afirmar a área de estudos da Imprensa Periódica Colonial, destacando a natureza transnacional desta imprensa e a internacionalidade das suas heranças.
- Afirmar a imprensa colonial como um arquivo documental multilingue da história contemporânea, de importância fundamental para pluralizar a percepção presente da sua construção discursiva.
- Alertar para a condição particularmente frágil e evanescente, desiquilibrada nas condições de preservação, dispersa e de difícil reconstituição, destes periódicos. Reconhecê-la justifica trilhar relações colaborativas e solidárias, entre investigadores e instituições, visando a salvaguarda física, a digitalização e a reconstituição virtual de colecções num arquivo/plataforma comum que integre instrumentos amigáveis às Humanidades Digitais. Ensaiando esse caminho criou-se em 2017 uma Exposição Virtual Comum.
- Enfrentar desigualdades que afectam o sistema científico internacional, incluindo as decorrentes de condições de acesso documental, aprofundando as questões teórico-metodológicas, éticas e políticas que importa colocar na constituição e dinâmica de um grupo internacional com o seu perfil e âmbito de estudo.
- Investir no debate teórico e metodológico.
- Estudar as práticas do jornalismo e de escrita da mais diversa natureza e intencionalidade, bem como de outras formas de expressão, que se encontram na variedade de formatos e tipologias que constituem o periodismo impresso.
Incluir no seu escopo formas de periodismo que recorrem a outras tecnologias de produção e reprodução não impressas, estudando as condições da sua emergência, e como dialogam com a imprensa ou até ocasionalmente se configuram na fronteira com o impresso. Concretamente, periódicos manuscritos ou datilografados. reproduzidos pelo mesmo meio ou através de estêncil com ou sem recurso a mimeógrafos, ou por fotocópia, os quais, por vezes, incluíam colagens de impressos, desenhos ou fotografias, ou, ainda, capas impressas.
- Incentivar estudos sobre títulos, autores, redes, circulações, histórias conectadas e desconectadas por esta imprensa dentro do império português e “entre impérios”, bem como estudos comparatistas, no âmbito do império português e dos espaços dele libertados ou confrontando-os com panoramas de outros impérios. Discutir as fronteiras do colonial na demarcação desta imprensa.
- Estudar os canais de comunicação com outros meios de comunicação social no quadro colonial, bem como com outras tipologias de impressos.
- Promover o convívio e o debate entre experiências e visões conflituantes do passado colonial e do seu lastro presente.
- Constituir um arquivo de memórias do jornalismo.
- Investir na formação avançada.
- Contribuir para a descolonização do ensino e da compreensão pública do colonialismo e da pós-colonialidade.
- Contribuir, na articulação destes campos de acção, para o espírito democrático.
Em 2015, três investigadoras ligadas a centros de investigação portugueses apresentaram o seu “manifesto” na II CHAM Conference. No ano a seguir, em 2016, a rede que constitui o GIEIPC-IP ganhou forma por meio de discussões internacionais entre investigadores, em diversos ateliers e numa jornada. O seu primeiro congresso internacional em 2017, de teor multidisciplinar, permitiu demarcar a área de estudos, fazer confluir estudiosos da imprensa relacionada com diversos impérios, promover os primeiros resultados científicos do grupo, e dar a conhecer o projecto a investigadores e instituições de natureza diversa. Desde então, o GIEIPC-IP tem-se expandido como rede internacional de investigadores. Instituições e projectos sediados em diversos países vêm formalizando a sua adesão ao grupo, ou colaborando mais informalmente, envolvendo-se nas suas iniciativas e criando condições para a continuidade e desenvolvimento da sua acção. Ateliers, jornadas, congressos e seminários e processos de construção de obras colectivas têm consolidado relações e aprofundado os debates. Em 2023 ocorreram umas jornadas internas, mas abertas à comunidade científica, das quais nasceu a actual organização.